
O Bem Amado é um dos pontos altos da dramaturgia brasileira. Já gerou uma novela, uma peça teatral e uma série televisiva., todas de muito sucesso. Só faltava um filme. Não falta mais. Dirigido por Guel Arraes e estrelado por Marco Nanini, a produção estreia no dia 23 de julho. Mas a trilha sonora já está nas lojas. E é interessante.
Basicamente, a trilha de O Bem Amado se divide entre canções inéditas, temas incidentais instrumentais e releituras de sucessos dos anos 60, época em que a trama é ambientada. A melhor parte são as duas canções assinadas por Caetano Veloso.
Esta Terra, que abre o CD, é interpretada pelo eterno tropicalista e possui melodia e arranjo que remete àquele efervescente e criativo período da MPB. Excelente, assim como o bolerão A Vida é Ruim, que Zélia Duncan cantou com o comprometimento e categoria que lhe caracterizam desde sempre. Essa faixa também tem uma versão instrumental.
As duas releituras são diametralmente opostas, em termos qualitativos. Carcará, de João do Valle e primeiro sucesso de Maria Bethânia, ganhou uma roupagem mais soturna na voz de Zé Ramalho, ganhando nova vida.
Por sua vez, Mallu Magalhães não teve dó de Nossa Canção, composição de Luiz Ayrão que fez sucesso com Roberto Carlos nos anos 60 e recentemente com Vanessa da Mata. Sua interpretação no melhor (ou pior?) estilo taquara rachada é constrangedor.
Os temas instrumentais (com vocalizações sem letras) são leves e divertidos, em especial Chachacha das Cajazeiras. Boogie Sem Nome reúne nos vocais Leo Jaime a três ex-colegas da banda oitentista João Penca & Os Miquinhos Amestrados.
E tem também Jingle de Odorico, paródia de jingle eleitoral que as cantoras Thalma de Freitas e Nina Becker (da Orquestra Imperial) conduzem com muito bom humor e vozes afinadíssimas e com toque debochado.
Serviço
O Bem Amado- Trilha Sonora do Filme- Vários Artistas
Gravadora: Universal Music
Preço médio: R$ 30
Fonte: Fabian Chacur, do R7.com / Foto por Max Haack/AgNews
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